22 de fevereiro de 2014

Moments - 33º Capítulo: And all the pain


 Enquanto eu olhava-a entrelaçar nossas mãos, eu pensava no que Louis me dissera. Enquanto eu fazia carinha em sua mão eu só pensava no quanto valeria a pena lutar por Julie, no quanto ela valia a pena. E quando ela virou meu rosto para si, eu soube. Eu sempre a amei, e sempre vou amar. Eu sempre lutaria por ela. E ela sempre voltaria pra mim.

- Você não tem nada que gostaria de me dizer? – perguntou ela, e eu sorri, vendo-a sorrir comigo. Eu sabia o que precisava fazer. A frase de Louis fez todo o sentido. Nós esquecemos que sempre teremos o não, mas podemos conseguir o tão esperado sim se, apenas, perguntarmos. A vida é fácil. Nós é que a complicamos.
- Tenho – respondi. – Você quer namorar comigo?
- Hm – resmungou ela, parecendo pensar. – Finalmente? – concluiu, me abraçando apertado enquanto ríamos.


- Isso é um sim? – perguntei, enquanto ela me olhava fixamente, com os braços ainda rodeando meu pescoço.
- Isso é um sempre! – sussurrou ela.
- Sempre o namorado? – arrisquei, rindo.
- Sempre a sua princesa.

Ao ouvir aquilo meu coração se encheu de alegria e eu só soube ficar sorrindo como um bobo. Um belo bobo apaixonado. Ela estava aqui, na minha frente, abraçada a mim, dizendo que sempre seria a minha princesa. Tudo o que eu sonhei durante anos estava, finalmente, acontecendo. Algo que eu achava impossível. Mas não, agora era real. Julie é real.

- Não tá esquecendo de nada? – perguntou ela, reprimindo um sorriso.
- O quê? – perguntei, confuso.


- Não sei – respondeu ela, rindo. – O beijo, talvez? – completou, em sussurros.

E então, sem perceber, a puxei ainda mais para mim, acabando com qualquer milímetro de distância que poderia existir entre nós, e a beijei. Um beijo tão desejoso e apaixonado quanto o último.


- Devo cantar “até que enfim, até que enfim” de novo? – perguntou Andy, rindo e batendo palmas, entrando no quarto. Notei que os meninos e suas namoradas, assim como a sra. Samuels, estavam atrás dele, todos rindo e o acompanhando a bater palmas. Julie começou a rir, escondendo o rosto entre meu ombro e meu pescoço.


- Acho que sim – respondi, rindo, ainda abraçado à cintura de Julie.
- Você chegou na hora errada, Andy – resmungou Julie, a voz abafada por ainda estar escondendo o rosto.
- Sou seu irmão – respondeu ele, rindo. – Mais velho, ainda. É meu dever estragar seus momentos fofos.
- Duas vezes? – peguntou ela, finalmente levantando o rosto, mas encostando a cabeça em meu ombro. Seu sorriso estava radiante, e seus olhos brilhavam como eu não via a tempos.
- Quantas vezes forem necessárias – respondeu ele, por fim. – Mas, pra ser sincero, espero que essa tenha sido a última.
- Sabe que eu também prefiro? – desabafei, fazendo Julie rir e me dar um beijo discreto no ombro.


Passamos a tarde conversando e rindo. Dessa vez, não resolvi me afastar e encostar na parede do quarto. O que eu queria mesmo era ficar ali, sentado ao lado de Julie, segurando sua mão, deixando nossos dedos entrelaçados e vendo-a sorrir bem de perto. E foi o que eu fiz. Quando a noite enfim chegou, todos foram embora, até a sra. Samuels. Decidi ficar com Julie aquela noite, cuidando dela.

- Pode ir pra casa, se quiser. Sei me cuidar sozinha – disse Julie, logo depois de todos irem embora.
- Eu quero ficar – respondi. – Você não quer minha companhia? – brinquei, mas Julie estava séria.


- Claro que quero – respondeu ela. – Fiquei quase sete anos longe de você. Uma noite é pouco tempo pra recompensar, mas é que você não tem obrigação de ficar aqui comigo só porque somos... – ela pausou, e então soltou uma risadinha. – É tão estranho falar que somos namorados.
- Ah, eu gosto – respondi, dando de ombros. – Prefere outro termo? Que tal noivos? E que tal...
- Liam, para – respondeu ela, rindo. – Namorados está bom por enquanto.
- Por enquanto? – perguntei, fazendo-a rir. Era tão bom ouvi-la gargalhar. – Quanto tempo dura esse “por enquanto”?
- Sério, Li – respondeu ela, aproveitando que eu estava sentado ao seu lado e se aninhando em meu peito. – Namorados.
- Ok – respondi, beijando sua mão. – Namorados.



No dia seguinte todos chegaram bem cedo, menos Harry e Nathalie. Cerca de meia hora depois, eles chegaram. Nathalie estava com cara de cansada. Disse que sentiu que deveria doar medula para Julie e foi isso que fez. Mais uma vez minha esperança se reacendeu como um furacão. Elas eram primas idênticas, podiam muito bem serem irmãs separadas na maternidade. Tinha que dar certo!
Notei que os olhos de Julie ganharam uma nova vida com a notícia, e então estremeci. E se não desse certo? E se eu nunca conseguisse achar um doador para Julie? E se... Eu a perdesse novamente? Eu não suportaria perdê-la outra vez. Eram tantos “e se”, tantos medos, tantas dores antecipadas que mal senti alguém tocar em meu ombro. Era Julie.

- Vai dar tudo certo – sussurrou ela meio a conversa alta e animada que se seguia à nossa volta. – Dizem que tudo tem um porquê. E eu tenho certeza que Deus não te colocaria na minha vida novamente se fosse pra você sofrer. Ou para eu sofrer. Só tenha fé, está bem? Por você, por mim e por nós.


Dois dias se passaram, e eu ao lado de Julie a todo momento. Os meninos e suas namoradas também iam para lá todos os dias, mas acho que as meninas já estavam cansando de tudo aquilo. Cansando, óbvio, já que Nathalie sugeriu fazermos “o fim de semana separados”. Como assim? As meninas ficariam no hospital com Julie durante todo o final de semana e os meninos... Faziam o que quisessem (ou quase). Era tipo um “foda-se vocês, vão ver se sabem se virar sem nós”. Ok, né? Elas que mandam mesmo...

- Certo – começou Niall. – Já que é a noite dos garotos e eu sou o único solteiro da banda, sugiro um pub.
- Solteiro por opção – retruquei, rindo.
- Opção da Mariane – concluiu Louis, correndo pelo quarto até pular em mim.


- Não gostei dessa ideia – resmungou Harry, sentado no sofá. – Não acho certo as meninas quererem um tempo só para elas. Elas já ficam meses sem nos ver!
- Harry, querido – começou Zayn. – Você é o mais novo no ramo “namoro”, então, por favor, sossegue. E se acostume. Sua namorada vai ficar tão acostumada de não te ver que, um final de semana a mais ou a menos, não fará diferença. E ela já está se acostumando.
- Mesmo assim – insistiu ele.
- Que é? Tá achando que elas vão contratar strippers para animar a noite? – provocou Louis. – Bem, talvez. Imagina? Você ainda nem teve a sua namorada e ela já tá vendo outro cara pelado? Hilário!
- Filho da puta! – gritou Harry, se levantando do sofazinho que tínhamos no quarto. – Cala essa boca, seu maldito! – e então começou o fuzuê. Harry correndo atrás de Louis, que trombava no resto de nós e nas coisas.


Como Niall foi o único a dar um destino à nossa noite, seguimos seu conselho. Já fazia quase uma hora que estávamos todos lá, nos divertindo. Andy, Louis, Niall e, vejam só, até Harry, dançavam como loucos na pista. Zayn e eu estávamos apenas tomando alguns drinques, até que escutei o celular de Harry tocar. Tínhamos feito uma aposta: todos os celulares na mesa, quem tocasse neles ia pagar a conta geral. Mas fiquei curioso. As meninas não nos ligariam em pleno “final de semana separados”. Olhei para Zayn, apontando o celular e ele me incentivou a atender.

- Fala Miss Boston – atendi, usando o apelido que demos para Nathalie.
- Liam, ah, graças a Deus! – disse ela. Sua voz parecia desesperada. – Por que não atenderam antes?
- Fizemos uma aposta de...
- Não interessa – me interrompeu ela. – Pelo amor de Deus, corre pro hospital. A Julie não tá nada bem – sua voz estava começando a ficar chorosa. – Por favor Liam, corre.
- O que ela tem? – perguntei, já com um aperto no peito, me levantando da mesa. Olhei desesperado para Zayn, que correu até os meninos.
- Só corre – disse ela, deixando sua fala ser tomada pelos soluços.


Os meninos logo aparecendo, todos preocupados. Cada um pegou suas coisas, deixando uma quantia de dinheiro no balcão do barman e corremos até o carro. Dirigi com todas as minhas forças até o hospital, correndo até o quarto de Julie ao chegar.
A cena com que me deparei foi uma das piores que já vi em toda a minha vida. Todas as meninas choravam, cada uma sentada em um canto próximo a porta no corredor ao lado de fora do quarto. A sra. Samuels estava conversando com Perrie ao telefone, já que ela tinha viajado com o sr. Samuels para um final de semana juntos.
Entrei relutante no quarto, vendo Julie pálida, estirada na cama e notei que ela suava. Seus olhos pareciam fora de órbita e o braço que o médico estava checando parecia mole, como se fosse feito de gelatina.

- O que aconteceu? – perguntei, em sussurros. O médico se virou por um breve momento e então voltou-se novamente para Julie.
- O organismo dela não está aceitando a medula de Nathalie.

Ah, é. No mesmo dia em que Nathalie doou medula, saiu o resultado: era compatível com a de Julie. Finalmente. Minhas esperanças se renovaram com uma força sobrenatural. Não tenho nem ideia do quanto vibrei e do quanto acreditei nas palavras de Julie naquele momento. Só precisávamos ter fé. Deus tinha um propósito para nosso reencontro.
Mas agora tudo isso parecia insignificante. Como podia ser compatível e o organismo de Julie rejeitar? Não era possível. Isso era cruel!

- Temos que achar um método para o organismo aceitar a medula – prosseguiu o dr.
- E se não acharmos? – perguntei, receoso.


- Você não vai gostar da resposta, meu rapaz – respondeu-me ele.

Não era possível. Simplesmente não era possível. Eu não queria perder Julie novamente. Não podia. Não era justo! Corri até o outro lado de sua cama, me ajoelhando ali. Peguei sua mão e chorei como não chorava há anos. O medo de perdê-la era demais para mim. Só a ideia de perdê-la novamente já doía meu peito, minha alma.

- Li – sussurrou Julie e eu notei que ela fazia um esforço fora do comum para falar. – Me perdoa. Caso aconteça alguma coisa, me perdoa por te deixar de novo. Me perdoa por te fazer passar por tudo isso mais uma vez. Só me perdoa – concluiu ela, diminuindo ainda mais seus sussurros a cada palavra.
- Não, não! – disse, quase gritando. – Me perdoa você! Eu te abandonei aquela vez. Maldita fraqueza minha. Me perdoa por não poder fazer mais por você. Mas eu te amo. Fica comigo – pedi, desesperado, chorando agarrado à sua mão. – Não me deixa. Por favor, não me deixe.


- Rapaz – chamou o médico, mas eu não queria olhar. Eu mal o ouvia.
- Por que ela não responde mais? – perguntei, ainda sem olhá-lo.
- Ela entrou em coma, meu rapaz.






Se eu tive um ataque escrevendo esse capítulo, fico imaginando a reação de vocês.
Ok girsl, é o seguinte: eu sei que demorei até demais pra postar, mas, pra compensar, já to escrevendo o próximo capítulo e, assim que esse capítulo tiver 20 comentários eu posto o 34º, fechado? :3

Bom, não tenho muito o que falar hoje, só agradecer por vocês gostarem de Moments, de Jiam, de como eu escrevo e agradecer de montão pela paciência de vocês. Vocês são incríveis e eu amo cada uma de vocês ♥

(Só porque eles são duas das cinco coisas mais gostosas que existem ♥)

20 comentários:

  1. "A vida é fácil. Nós é que a complicamos." Fato! Minha reação ao ler o capítulo é chorar que nem um baby :'( julie em coma? To acabada :// continuaa logo fofa!
    Isa

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  2. Mddss morri aquii Julie em coma... q tristee
    Espero q td de certo e q ela ce recupere q dó do Li :'(
    Continuuaa pfv!!!!
    Luana Almeida

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  3. ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh ta querendo me matar né? pq sim ta funcionando, como pode deixar meu coração assim?

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  4. Q perfeitoooo to adorandoo a tua fic! E continuaa lpgo prff

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  5. Julie em coma? . que triste chorei quem nem um bebe :(..
    Mas continua liamda ta muito boom, ansiosa aqui . Parabens
    - Larissa

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  6. Sabe eu to chorando aqui, mais uma vez? Jura? ce quer me matar menina? Posta logo please

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  7. Pelo amor de Deus continua rapidoooooooo

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  8. Essa fic precisa virar um livro, sério. To amando de paixão <3
    continua. bjs

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  9. TRISTE DEMAIS!!!!!!!!!! pf posta logo!!!

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  10. Aiii deuuss!!! o que é isto senhor?!? Ta perfeito, posta logo!!!!!
    Tomara que ese coma não dure um dia.
    Beijos, Vanessa S.

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  11. Continua antes que eu entre em coma e morra igual a julie( não pf não faça ela morrer eu só to brincando) !!!!!! Fic perfeita <3

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  12. tadinho do Lee :´( tomara q ela se recupere logo, eles tem q ficar juntos. Continu <3 Eve :)*

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  13. Sua louca! Vc demora decadas pra postar e quando posta e Julie entra em coma? Quer que eu va ai te matar? Ok foi mau mas continua logo. Beijos!

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  14. Manoo que perfeitoooo! Esse cap ficou Divo d+,scrr, to jogada!
    Chorei no final, sério, ta mt bom sua diva :'3
    Continuaaa
    Bjs da Leh xx <3

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  15. Como vc pode fazer isso com a Julie????? Chorando pakas.
    #Murrida...
    Continuaaaaa!!!!!
    -Deh <3 bjão xoxo

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  16. Meu o amorvire escritora v escrevendo é per-fe-ct *-* estou amando posta logo pelo amor :*

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  17. Meu Deus continua pelo amor !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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